Davilson Silva-
Era uma vez um dono de um circo, senhor muito correto, honesto, porém
enérgico, cuja principal atração era exibir animais domésticos amestrados. Naturalmente, como em todo circo itinerante, ao acabar de montar lona numa dessas cidadezinhas de
interior, logo um homem o procurou para lhe fazer uma proposta. Assim que soube quem era, o homem dirigiu-se a ele determinado em seu propósito.
O homem apresentou-se ao dono do circo dizendo-se empresário de um animal
amestrado por ele mesmo, um exímio bailarino”, e o ofereceu a fim de que fosse
incluído no espetáculo. O dono do circo, lógico, exigiu-lhe uma demonstração-teste.
O empresário e amestrador trouxe então o tal “bailarino” para o teste, curiosa
ave anseriforme, anatídea (Anser domesticus), ou seja, um ganso!
Ao tomar de uma chapa de ferro, montou-a em cima de um
pequeno estrado e aí colocou o ganso imóvel e atônito ante a pequena
improvisada platéia ao seu redor. Para surpresa de todos, o bailarino de penas
começou a dar alguns pulinhos, aumentando o ritmo. Ora dançava com uma pata,
ora com a outra, e cada vez mais eufórico, ao som de um rock, ele parecia mais
pular desesperadamente corda que dançar...
O dono do circo, bastante surpreso, resolveu se aproximar do ganso, logo
compreendendo o motivo daquela cena impressionante. Tudo não passara de um
reles truque: o homem tinha colocado pedaços de lenha miúda debaixo da chapa e,
sem que ninguém percebesse, atiçava fogo por baixo. À medida que a chapa
aquecia, a coitada da ave, é claro,“ dançava” daquele jeito para não
queimar as patas...
Chico achou engraçada essa história contada por Emmanuel que em aditamento disse:
“Você tem que fazer igual ao ganso, Chico!” Daí, o bondoso médium nunca
mais se queixar de cansaço e pôr-se inquieto com o volume de tarefas. Em
eventuais entrevistas, dizia sempre não sentir fadiga alguma no exercício do
seu mediunato.
Concluindo, o ilustre biógrafo e amigo pessoal do médium espírita escreveu:
“Também pudera! Com a chapa que Emmanuel colocou debaixo de seus pés, mais o
fogo, ele vai ficar pulando o resto da vida a cumprir a sua missão”.
* * * * *
“Certa vez, fitando centenas de pessoas que estavam em nosso
grupo, numa noite de sábado, perguntei a mim mesmo, em pensamento: 'Que fazer,
meu Deus?' Ouvi a voz do Dr. Bezerra, rente aos meus ouvidos: 'E o Cristo
disse: tenho compaixão da multidão...' Percebi que ele queria dizer que era
preciso aprender a amar a todos, os justos e os injustos, os felizes e os
infelizes, os bons e os que são ainda maus.” (Do livro Chico Xavier,
mediunidade e vida, de Carlos A. Bacelli.)
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