Um ser interexistente

Davilson Silva-

Luciano Napoleão da Costa e Silva citou em seu livro, Nosso Amigo Chico Xavier, o filósofo e escritor, Herculano Pires, um dos grandes vultos do Movimento Espírita paulista e brasileiro, o qual, segundo ele, considerava Chico Xavier um “ser interexistente”. Ele podia sentir a presença de desencarnados (pessoas que dizem ser mortas) como se fossem os próprios encarnados (pessoas que dizem ser vivas).

Para Chico Xavier, não havia diferença entre o mundo espiritual e  o material.
Segundo Costa e Silva, Chico sentia, via tudo com muita naturalidade sem jamais distinguir o “mundo dos mortos” do “mundo dos vivos”. O médium falava que a sua vida foi “desapropriada pelos Espíritos”, conforme citação em negrito no topo da página. Na presença do médium, ocorreram certos fenômenos observados e sentidos por crentes e descrentes.

Retrato mediúnico do 
Espírito Irmã Scheilla,  
feito numa reunião
de estudo da Doutrina 
Espírita,  através da 
nossa mediunidade
de pintura, no ano de 
1998, São Paulo, 
Brasil. Quadro Assinado
pelo Espírito Pierre 
Auguste Renoir
(1841/1919).
Copyright © by Davilson Silva
Por exemplo, o Espírito Scheilla, quando perto de Chico, espargia suave fragrância de rosas. Costumava-se colocar uma garrafa com água ao lado do médium e a água permanecia com gosto de rosas, a exalar agradável fragrância por muitas semanas. Abro aqui um parêntese para dizer que já presenciei o referido fenômeno. Materializada numa reunião de efeitos físicos, para fins de cura espiritual à distância, Irmã Scheilla aproximou-se de mim e borrifou-me a cabeça com um punhado de gotas de agradabilíssimo aroma de rosas.

Scheilla, quando de sua encarnação na Alemanha, no desempenho do seu ofício de enfermeira, desencarnou aos 28 anos de idade em Berlim, em 1943, durante um bombardeio Aliado, em plena 2.a Guerra Mundial. Numa existência anterior àquela, em Dijon, França, chamava-se Joanna Frémiot, canonizada pela Igreja Católica em 1767 com o nome de Santa Joana de Chantal.

Retrato mediúnico do 
Espírito Dr. Bezerra 
de Menezes, através 
da nossa mediunidade 
de desenho. 
Copyright © by Davilson Silva
Na presença Espírito Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, as pessoas também sentiam junto ao médium, agradável perfume penetrante; só que, em vez de perfume da rainha das flores, de indescritível transcendente eflúvio de éter. Dr. Bezerra, em sua última encarnação, nascido em agosto de 1831, em Freguesia do Riacho do Sangue, hoje Solonópole, Ceará, Brasil, desencarnou em 11 de abril de 1900, na cidade do Rio de Janeiro. Apóstolo do Espiritismo, considerado “médico dos pobres”, ou o “Kardec brasileiro”, um grande humanista, e poucos sabem que ele foi ardoroso e atuante partidário do abolicionismo.

Assim concluiu o escritor e biógrafo Costa e Silva em suas impressões sobre os fenômenos através do inesquecível médium: Achamos, contudo, que o maior fenômeno que ocorre, quando se está em sua presença, é a paz que transmite a todos, sensação difícil de explicar, descrever ou definir.


* * * * *
Palavras de Chico Xavier

“Agora estou tranquilo. Não me pertenço mais. Estou nas mãos deles [os Espíritos] para o que eles determinarem. O primeiro plano de Emanuel foi o de 30 livros que cumpri até 1947; o segundo, foi de 60, cumprido até 1958; de 1959 para cá não me compete saber dos seus planos, mas apenas obedecer. É o que estou fazendo e não sei a quantos livros chegaremos.” (Do livro Chico Xavier, Mediunidade e Coração, de Carlos A. Bacelli.)

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