Davilson Silva-
Em novembro de 1971, conceituado jornalista de extinta
revista de projeção nacional, Realidade,
escreveu uma longa reportagem sobre o médium Francisco Cândido
Xavier. Narrou fatos a respeito da vida de Chico, aquelas informações de
interesse do povo.
Chico Xavier
psicografando
cartas daqueles que
partiram, instruindo,
consolando,
infundindo amor,
esperança e caridade
aos corações saudosos.
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Para não fugir às habituais ironias e detrações de seus
colegas de outros veículos de imprensa, não deixou por
menos. Ironicamente, ele também fez uso do assunto sem demonstrar um
pingo de imparcialidade, característico da verdadeira reportagem, do verdadeiro
e idôneo profissional de jornalismo.
No fundo, no fundo, a pseudo-reportagem só visava uma coisa:
desacreditar o bondoso médium perante o povo brasileiro. Certos opositores do
Espiritismo, religiosos ou não, sempre tentaram manchar o seu bom nome,
desejando vê-lo desmoralizado e desmoralizada a crença tão nobremente por ele
representada.
Depois de deboches, infâmias e suspeições infundadas, o
jornalista deixou para o final da reportagem o que chamou
de “surpresa”. Nesse trecho, narrou o ardil de que se valera a fim de
induzir em erro o médium espírita que, naquela ocasião, atuava na
simpática e bem-sucedida cidade de Uberaba, Minas Gerais.
Contou que, intercedendo em favor de um senhor muito doente,
foi procurar o médium para que obtivesse dos Espíritos um receituário. O jornalista deu até nome ao enfermo, Pedro Alcântara Rodrigues, além do endereço: Alameda Barão
de Limeira, 1.327, apartamento 82, São Paulo, Capital.
O jornalista, revelando desapontamento, contou não ter
recebido receita alguma. Em vez disso, segundo ele, só recebera um breve texto
psicografado, escrito assim:
Junto dos Amigos Espirituais que lhe prestam auxílio,
buscaremos cooperar espiritualmente em seu favor. Jesus nos abençoe.
“O que pensar disso?”, indagou insinuativo. Pois é, tem cego
que não quer ver. Ou, quando vê, quer tapar o sol com a peneira. Que decepção
a do jornalista! Em verdade, aquele nome, sobrenome e endereço eram fictícios.
O jornalista só desejava, é claro, desmoralizar o médium, e não fazer a
caridade em favor de alguém com alguma doença. Enfim, o jornalista não entendeu
a sutiliza do amoroso recado dado a ele
pelo Plano Espiritual. Chico dizia sempre que, quando o nome do
consulente era falso, a resposta era endereçada ao intermediário.
* * * * *
“Todos somos operários da vida e creio que a bondade de Deus faz diariamente a promoção do trabalho para quem o procura.” (Anuário Espírita, 1967)
“A juventude de hoje quer um mundo melhor, e um mundo melhor, para ser melhor, há de se inspirar no Cristo, porque o Cristo é a Verdade e é o Amor.”(Entrevistas, Francisco Cândido Xavier e Emmanuel.)
“Precisamos dos amigos para acertar com os nossos deveres e dos adversários para corrigir as deficiências de que sejamos portadores.” (No Mundo de Chico Xavier, Elias Barbosa)
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