O Código Internacional de Doenças (CID) reconhece o estado de transe medianímico como algo congênito ao homem e inseparável dele, distinguindo-o do estado de transe mórbido.
O Código Internacional de Doenças (CID)
reconhece
o estado de transe medianímico
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Essa
energia de grande efeito dá lugar aos anseios que exteriorizam e às diretrizes
que admitem. Possui uma força que dela provém com imensa aptidão de produzir
admiráveis reações químicas, e das mais variadas, fragmentando ou
restabelecendo os elementos de um todo. Nesse passo, pensar
é criar, e certas ideias originam-se do âmbito da razão inerente a toda criatura
humana, sob determinados aspectos, em geral, subjetivos.
Falamos
dessa disposição inata, adquirida à força das circunstâncias, inseparável da
marcha evolutiva: a faculdade de avaliar, julgar, ponderar ideias e estabelecer
relações lógicas. Essa capacidade pode acolher um conteúdo luminoso, das coisas
santas, ou encerrar em si laivos de sombra. A mente ensombrecida pela
intransigência arrimada ao orgulho e ao egoísmo certamente que sofrerá as
injunções do açoite da Dor sem perceber quanto seria feliz pelos recursos
morais que possui...
Obsessões
espirituais
A Alma sob
efeito de refluídas repulsas não conseguirá mesmo atinar para os benefícios
salutares da prece, da meditação, da vigilância e da ação edificante com o
propósito de exercer a amizade fraterna pura e verdadeira, daí, as obsessões
espirituais. De desencarnado para encarnado, sucedem perseguições crônicas,
odientas, vexatórias, causadoras de enormes danos ao objeto do rancor.¹ Por sinal, escreveu Joanna de
Ângelis: Vinganças pessoais são patenteadas por temperamentos
empedernidos no mal que se resolveram retardar a marcha ascensional, a fim de
promoverem a desdita dos seus adversários, apesar de também pagando o preço do
sofrimento.²
Nisso, a
série de casos entre duas mentes vencidas pela amargura a que se fixaram, acaba
criando lamentável seguimento de alienação obsessiva. Por conseguinte, a
intensidade do grau de débitos morais de uma para com a outra, consoante
exigências da Lei de Causa e Efeito, dá continuidade a uma ordem de fatos que
retornam ao fato inicial, na entrada e saída de corpos em trânsito pela via do
reparo. Só assim, as doenças orgânicas e mentais ensejam à Alma debilitada,
pelo ato de sofrer, a responsabilidade do seu inferno particular, motivado pelo
orgulho, pelo melindre e a antipatia. É o que a lógica espírita explica,
e justifica!, cujas provas chovem aos borbotões para quem tem olhos
de ver e ouvidos de ouvir.
Além de
tais argumentos, dizemos de passagem que, em matéria de assunto patogenético, o
Espiritismo de há muito descortinou um novo horizonte, e “eles” não viram...
Tendo em vista diminuir as misérias humanas, no campo sutil das perturbações
traduzidas no organismo físico, o Espiritismo tornou manifesto o que ficou
obscuro acerca do assunto espírito-matéria. Só ele foi capaz de demonstrar
singular diferença entre a cultura terrestre e a espiritual, esclarecendo que o
corpo dos homens não passa de produto de uma condensação fluídica, designado
por lei de hereditariedade, obedecendo exclusivamente aos imperativos da existência
terrestre.
O brilho
da luz espírita, essa luz viva, intensa, vai ao longe da simples convicção de
que a Alma é imortal, ao estender mão fraterna e cooperante, especialmente à
Psiquiatria e à Psicologia. Objetivando tornar bem mais inteligível o sentido
da zona oculta do complexo núcleo das atividades da mente, o Espiritismo realça
ainda mais a inteligência divina. Somente na sabedoria divina, dá ele a saber,
que encontraremos as cabíveis respostas de toda coordenação, de toda boa
proporção e harmonia universais em seus pontos mais entranháveis, do contrário,
a soma dos conhecimentos científicos de contínuo gravitará em torno do acanhado
círculo das próprias observações, sobretudo no que tange a doenças do campo
mental.
Em outras
palavras tornamos a referir: toda enfermidade diz respeito a estados
vibratórios perturbados da Alma. Mas uma grande parcela de médicos e suas
considerações situadas de um único lado acham meras respostas orgânicas.
Demoram-se em hipóteses, por vezes, obscuras, ambíguas, declaradas em artigos,
em palestras para no fim dizerem que desconhecem a causa das alegações.
Contradições
médicas
A despeito
de a Organização Mundial de Saúde (OMS) admitir o fator “humano integral”,
relativo à saúde, isto é, ao estado de bem-estar completo da criatura humana,
uma grande parcela de médicos prefere ignorar esse reconhecimento em ordem.
Saúde, mais explicitamente, segundo conceito da OMS, quer dizer bem-estar
biológico, social, ecológico e espiritual da criatura humana. Contrariamente a
esse claríssimo enunciado, as escolas de medicina seguem à margem dos problemas
psicológicos humanos.
Por
exemplo: Emmanuel disse que a psicologia e a psiquiatria, entre homens atuais,
conhecem tanto do espírito quanto um botânico que, restrito ao movimento do
círculo de observações do solo, tentasse julgar um continente vasto e
inexplorado por alguns talos de erva, crescidos ao alcance de suas mãos...
O ideal
seria o médico procurar saber até que ponto a obsessão espiritual exerce
influência no conjunto de dados, em que se baseia o gênero da doença, conforme
sintomas oferecidos pelo paciente. Portanto, não vá na conversa de quem rotule
de psicóticas, de esquizofrênicas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver
vultos, principalmente na conversa daqueles que podem empanturrá-las de
antipsicóticos fortes.
Se o
prezado leitor ou a prezada leitora souberem de alguém próximo ou distante que
ouve vozes ou vê imagens estranhas, não significa que ele seja uma aberração da
Natureza. Tudo é muito relativo. A esquizofrenia origina-se na obsessão
espiritual que pode se tornar em lamentável quadro de imprevistas
consequências. Enfim, esquizofrenia, no fundo, não passa, algumas vezes, de
certo grau de mediunidade latente, a reclamar pra ontem reforma
íntima e serviço devotado ao próximo com Jesus por amor a Deus.
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1KARDEC,
Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução Herculano Pires.
62. ed . São Paulo: Lake — Livraria Allan Kardec Editora, 2001. Capítulo 10,
item 6, página 134.
2FRANCO, Divaldo
P. No limiar do infinito . Pelo espírito Joanna de Ângelis. 1. ed .
Livraria Espírita Alvorada — Editora, 1977. Tema 17, p. 129.
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