Fernando Querin Sichetti
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Tudo é observado
porque, me parece, os Espíritos, qual me acontece, que devem voltar à Terra,
vivem mais no amanhã do que no hoje.
Explico-me, nesse
ponto de minhas tarefas, porque o estudo sob minha responsabilidade inclui
muito esforço de observação.
Nada, porém, me separa
de seu amor e dedicação de meu pai e de minhas irmãs, não só porque o amor
entre nós, mas porque, para continuarmos uma família, já trazíamos os fatores
da afinidade e da compreensão recíprocas, obtidos e cultivados aqui na Vida
Espiritual em que me encontro agora.
Das minudências do meu
progresso, tudo está esquecido. Faço um esforço enorme para repetir os nomes
dos companheiros que se achavam comigo quando fui intimado a voltar.
Você, querida mãe,
pode avaliar como são diferentes os nossos processos de vivência. Isso reclama
bastante trabalho de nossa parte e somente sucede com os filhos da Terra que se
acolhem a estas paragens, com a vontade firme de evoluir e trabalhar.
Os que não querem
serviço mental ficam, como aí acontece, na retaguarda, dependentes da
beneficência de mentores afeiçoados à caridade e ao amor do próximo. E quero
acrescentar que todas as pessoas que aí estudam e procuram penetrar na essência
da vida, já entram aqui matriculadas nas escolas de progresso que nos aguardam.
É de se lamentar que
tanta gente, que poderia chegar aqui em excelentes condições de trabalho e de
estudo, se deixe amolecer, esperando que os fatos aconteçam para ver como é que
ficam.
Este período em que
não lhe pude dar notícias foi gasto, inteiramente, nas tarefas a que me impus.
Nada disso, porém, afeta o amor e devo esclarecer que, quando me refiro a
estudo, este estudo inclui o serviço de quem se dedica à prática do bem porque,
seja amparando um doente ou vestindo uma criança necessitada, a pessoa, sem
querer, embora esteja observando valores culturais de alta
valia, porque saindo de si própria a fim de auxiliar alguém, já está caminhando
para frente, em matéria de aprendizado.
Peço-lhe continuar
entendendo o papai, que sente ainda muita dificuldade para aceitar o meu
regresso à Vida Espiritual, quando a minha nova existência estava
começando. A ele, o meu abraço extensivo à Cláudia e Flávia, queridas irmãs, e
a todos os nossos que de momento eu não conseguiria lembrar.
Sei quanto vem lutando
para equilibrar-se no setor da saudade que não se apaga, mas creia que estamos
unidos cada vez mais. Pedindo a Deus por sua saúde e paz, encorajamento e
alegria, com o meu beijo de gratidão e carinho em seu coração, sou o seu filho
de ontem, de hoje e de sempre.
Fernando Querin
Sichetti
Mensagem psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier, em 14 de maio de 1987, na reunião de
Evangelho e psicografia no Grupo Espírita da Prece, Uberaba, Minas Gerais.
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Detalhes básicos a respeito do comunicante, já mencionados na mensagem da edição anterior
- Data da morte,
local, motivo e outras informações ― faleceu em grave acidente de
automóvel, quando cursava o 2.o Ano do Colégio Objetivo, em 20 de agosto de
1983.
- Pai e mãe ― Laurentino
Roque Sichetti e Luíza Querim Sichetti.
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Parentes e amigos,
etc., falecidos ou não, já citados
1 - Avó Clotilde e
avô Antônio ― a avó materna, falecida em 4 de maio de 1979, e o
bisavô paterno falecido em 28 de agosto de 1944.
2 - Cláudia e Flávia ― as
irmãs de Fernando.
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• CÂNDIDO XAVIER, Francisco. Dádivas espirituais, espíritos diversos. 1. ed. Araras: Instituto de Difusão Espírita, 1994.
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Como se processava
Chico Xavier, médium
psicógrafo de segurança
e precisão
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Uma vez reconhecido o Espírito comunicante pelo modo de
pensar, de escrever, pela caligrafia e assinatura, familiares,
especialmente mãe e pai, confirmavam-lhe a autenticidade, inclusive confirmavam
nomes de parentes falecidos, desde há muito tempo ou não, assim
como nomes dos não-falecidos, isto é, os que o comunicante deixara no
plano dos encarnados, todos referidos com absoluta exatidão. Intimidades
domésticas, o conjunto mesmo de circunstâncias de que só os mais chegados têm
conhecimento, como o desta mensagem, confirmavam-nas. Vale dizer que essas e
outras particularidades eram completa e comprovadamente desconhecidas de Chico
Xavier, cercado de centenas, de milhares de pessoas desconhecidas, vindas de diferentes
lugares do país e até do exterior. Ele jamais exigia coisa alguma de quem
quer que seja; sequer insinuava receber recompensa, obter algum tipo
de reconhecimento, tampouco desejou fazer promoção de si próprio pela caridade
espírita que prestava aos sofridos corações maternos. Uma pessoa amiga, o
médico e biógrafo de suas obras, Elias Barbosa, falecido em 2011, por
amor à causa da Doutrina dos Espíritos e a ele, Chico, é que saía em busca
de confirmações do conteúdo das mensagens, daí vários livros sobre
esse magnífico e amoroso trabalho. Vale dizer ainda que mensagens
psicografadas pela mediunidade de Chico foram, durante treze anos, pesquisadas
por um criminologista credenciado pelo Poder Judiciário, o professor
Carlos Augusto Perandrea, de Curitiba, Paraná. Perandrea comprovou
cientificamente, à luz da Grafologia, a autenticidade dos textos
psicografados, recolhendo todo o material possível, escrito pelos falecidos, ou
desencarnados, quando do tempo em que estavam neste mundo, o que motivou o cientista
forense a escrever o livro: A
Psicografia à Luz da Grafologia.
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Palavras de Chico Xavier
“Bendita a nossa Doutrina de Paz e Amor que nos permite a
felicidade do serviço constante.” (Chico
Xavier, Mediunidade e Vida, Carlos A. Bacelli.)
“Um livro de paz e fraternidade, compreensão e fé, segundo o
nosso Caro Emmanuel, é sempre uma coleção de sementes de renovação e esperança
que se entrega ao solo mental do mundo.” (Idem, ibidem.)
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