Davilson Silva-
Chico Xavier no
auge da sua juventude.
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Com base numa narrativa do biógrafo Ramiro Gama, nos idos de
1927, Chico Xavier e seu irmão mais novo que ele (oito anos de diferença),
André Luiz Xavier, papeavam em frente do edifício do correio de sua cidade
natal, Pedro Leopoldo (MG). Alguém se aproximou dos dois e
interrompeu a conversa. Diga-se a propósito, André Luiz, desencarnado em 2009,
tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente no final dos anos 80.
Ato contínuo, o alguém que cortou a continuidade daquela
prosa, era um guarda civil;
pôs carinhosa e respeitosamente o braço direito sobre o
ombro do jovem médium e disse só isto, indo imediatamente embora: “Muito
obrigado, Chico!”
Chico e o irmão entreolharam-se surpresos, sem entender o motivo
do súbito agradecimento.
À tarde, ao regressar do serviço, Chico notou certo tumulto na
porta de um bar. Alguns operários de uma fábrica, ali reunidos, assistiam a uma
briga entre dois irmãos. No meio daquele vozerio todo, lá estava ele, o
policial.
De repente, os que apenas presenciavam a
briga nela passaram a tomar parte, daí, um verdadeiro entrevero. O
policial que fazia de tudo para conter os brigões sacou o revólver do coldre
preso ao cinto.
No que ia fazer uso da arma, a fim de impor a sua autoridade,
Chico, mais que depressa, chegou perto dele e falou:
— Calma, meu irmão!
O policial bastante nervoso, tentando conter o inesperado
confronto, virou-se e viu que era o bondoso médium. Controlou-se meio sem
jeito, e já como que envergonhado, disse:
— Muito obrigado, Chico!
Agora bem mais calmo, moderadamente aconselhou a turma a parar
de brigar, e todos o obedeceram; saíram dali calados; dispersaram-se;
enfim, ânimos arrefecidos.
Na noite daquele mesmo dia, indo ao Centro Espírita Luiz Gonzaga,
centro por ele fundado em 1927, Chico deu de cara com o guarda.
— Chico! Que bom encontrá-lo! Eu ia lhe procurar para
agradecer de novo o bem que duas vezes você me fez.
— Duas vezes? Como?
— É que antes de ontem sonhei com você. No sonho você me
alertava: “Cuidado, não saia de casa de arma na cintura como sempre o faz.
Evite isso por uns dias...”
Tal a razão de eu ter lhe agradecido hoje de manhã e de
tarde. Referia-me ao aviso no sonho. Mas, esqueci-me de atendê-lo e, como
sabe, saí de casa armado. Se não fosse você, Chico, talvez eu cometesse uma
grande asneira. Poderia ter matado algum daqueles homens... Por isso,
outra vez, de coração, muito obrigado, Chico! Deus nos ajude sempre!, concluiu
o comovido policial, e cada um seguiu o seu caminho.
* * * * *
“... Apenas uma lembrança do nosso Benfeitor Emmanuel. Ele me
pede para recordar um item sobre a lição da paciência que nunca me havia
ocorrido antes: paciência que nasce do verdadeiro amor pregado por Jesus, a
paciência com a felicidade dos outros! Felicidade de um adversário de nossas
ideias; às vezes, criamos dificuldades em torno da pessoa que se sente feliz
num modo diferente do nosso. Estamos falando das pessoas operosas, que servem
ao Bem.”*
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*Disponível
em:
<http://www.somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=6486>Acesso
em: 30 maio 2012).
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