Davilson Silva-
E na calada da noite, segundo narrativa do biógrafo e amigo
pessoal de Chico Xavier, Luciano Napoleão da Costa e Silva, inopinado barulho
no quintal da casa de Chico o acordou, assustando as suas jovens irmãs as quais
ele sustentava e ajudava em sua educação e bem-estar, a expensas de reduzido
salário.
O barulho, alguém o provocou ao penetrar indevidamente o
quintal da modesta residência. Esse alguém, um descuidado ladrão, talvez
principiante do crime, roubara peças de vestuário e de uso doméstico que
secavam penduradas no varal, no pequeno terreno atrás da casa. A incômoda e
atrevida visita, ao fazer tamanho barulho, deixou as jovens bastante
assustadas, portanto imóveis e mudas de tanto pavor.
No dia seguinte, sabedor da ocorrência da noite anterior,
Chico sequer emitiu uma palavra a respeito como se nada tivesse
acontecido. Todavia, discretamente, tratou logo de arrumar um lençol e
dele fez uma trouxa do vestuário que escolheu no guarda-roupa, também incluindo
alguns pares de sapatos usados.
Meu amigo,
Estas são as roupas
que consegui arranjar para você. Por favor, leve-as, mas não faça barulho para
não assustar as minhas irmãs que estão apavoradas...
De noite, hora de dormir; madrugada a dentro, nada de
barulho; silêncio total. No dia seguinte, cadê a trouxa?... E não é que o
caradura voltou ao cenário do crime?! O “amigo” levou a trouxa.
Bem. Uma coisa é certa: o ladrão atendeu o pedido de Chico; pelo menos, teve o
cuidado de não assustar as irmãs dele.
* * * * *
“Devemos
nos esforçar por uma atitude e compreensão fraterna, de amizade sincera. Nós
não temos a paciência das mães; as mães sempre inventam um meio para perdoar os
filhos rebeldes e ingratos.”
“(...) Ninguém
precisa esperar o crime, a calamidade pública para perdoar. Somos chamados a
isso dia a dia, hora a hora.”
“Qualquer deslize ou desajuste que
apareça em casa, ou no nosso ambiente de trabalho, sejamos sempre nós
a pessoa capaz de eliminar esse desajuste para que as
coisas não se façam piores para nós e para os amigos que Deus nos deu.”
“De
modo que vamos pensar nesse perdão, que é de todo instante, porque, talvez, foi
pensando assim que Jesus nos recomendou perdoar setenta vezes sete cada
ofensa...” (Frases transcritas do livro: Chico Xavier, Mediunidade
e Vida, de Carlos A. Bacelli)
CLIQUE NESTE LINK E ENCONTRE EMBAIXO A CAIXA DE TEXTO "POSTAR UM COMENTÁRIO"
No comments :
Post a Comment