Davilson Silva-
Sem trabalho não haveria como a criatura aperfeiçoar-se sob todos os aspectos: nada de desenvolvimento da inteligência, nada de aperfeiçoamento da alimentação, da segurança, do bem-estar e, principalmente, da sua evolução moral como, nas entrelinhas, quis dizer o sociólogo e escritor inglês John Ruskin.
A maior recompensa do nosso
trabalho não é o que nos pagam por ele, mas aquilo em que ele nos transforma.
(John Ruskin.)
Trabalho, segundo o dicionário, significa aplicação das forças
e aptidões humanas inatas para se alcançar um fim, ou atividade
coordenada, de caráter físico ou intelectual, necessária à prática de qualquer
tarefa, serviço ou empreendimento. O Espírito na figura do gênero humano nunca
desenvolveria as suas forças e tendências, se não tivesse se compenetrado da
importância do desempenho de trabalhos específicos ou não.
Sistema Trabalhista
Assalariado na Idade Média
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Vejamos o que disseram os Espíritos a mestre Allan Kardec
acerca do trabalho segundo o que consta do capítulo 3.o de O Livro dos Espíritos:
674. A necessidade do trabalho é uma lei da Natureza?,
perguntou o codificador da Doutrina Espírita.
— O
trabalho é uma lei da Natureza, e por isso mesmo é uma necessidade. A
civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque aumenta as suas
necessidades e os seus prazeres, responderam os Instrutores Celestes.
675. Só devemos entender por trabalho senão as
ocupações materiais?, indagou de novo o ilustre codificador.
— Não. O Espírito também trabalha, como o corpo. Toda
ocupação útil é trabalho.
E em prol da melhoria material do globo terrestre, na obra O Evangelho segundo o Espiritismo,
temos a seguinte ilação do mestre lionês, cap. 16, item 7:
O homem, com efeito, tem
por missão trabalhar pela melhoria material do globo. Deve desbravá-lo,
saneá-lo, dispô-lo para um dia receber toda a população que a sua extensão
comporta. Para alimentar essa população, que cresce sem cessar, deve aumentar a
produção. Se a produção de uma região for insuficiente, precisa ir buscá-la
noutra. Por isso mesmo, as relações de povo a povo tornam-se uma necessidade, e
para facilitá-las é forçoso destruir os obstáculos materiais que os separam,
tornar mais rápidas as comunicações. Para os trabalhos das gerações, que se
realizam através dos séculos, o homem teve de extrair materiais das próprias
entranhas da terra. Procurou na ciência os meios de executá-los mais rápida e
seguramente; mas, para fazê-lo, necessitava de recurso: a própria necessidade o
levou a produzir a riqueza, como o havia feito descobrir a ciência. A atividade
exigida por esses trabalhos lhe aumenta e desenvolve a inteligência. Essa
inteligência, que ele a princípio concentra na satisfação de suas necessidades
materiais, o ajudará mais tarde a compreender as grandes verdades morais. A
riqueza, portanto, sendo o primeiro meio de execução, sem ela não haveria
grandes trabalhos, nem atividade, nem estímulo, nem pesquisas: com razão, pois,
é considerada elemento de progresso.
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