O delegado de polícia, João Francisco Crusca,
atual presidente da União dos Delegados de Polícia Espíritas de São Paulo,
conta como nasceu a Udesp e quais as suas atividades no momento.
Foto do 1.º Encontro Estadual de Delegados de Polícia Espíritas, em 14 de maio de 1999 |
A ideia de reunir homens da Justiça para estudo e propaganda da Doutrina Espírita originou-se de um grupo de policiais civis de Araçatuba, interior de São Paulo, quando ocorreram os primeiros rudimentos de encontros de delegados espíritas há alguns anos antes de se dar começo à Udesp (União dos Delegados de Polícia Espíritas do Estado de São Paulo).
Tendo em vista a continuidade da corajosa e pioneira tarefa
dos colegas de Araçatuba que, por algum motivo não cresceu, o delegado Valdir
Bianchi e um amigo, o procurador do Estado Washington Nogueira Fernandes,
reuniram a classe na capital paulista. Com o propósito de sensibilizar
policiais quanto a exercer o ofício com segurança e o apoio moral que a
Doutrina Espírita proporciona, através do estudo e da prática das virtudes, as
primeiras reuniões aconteceram na sede própria da ADPESP (Associação dos
Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), na Avenida Ipiranga 919, centro
de São Paulo.
Como surgiu a ideia de realizar os encontros
Bianchi, no fim dos anos 90, exercia o cargo de delegado, e ainda por cima, lecionava na Academia de Polícia. Estudioso da
Doutrina, voluntário do quadro de trabalhadores da Casa Transitória
Fabiano de Cristo, respeitável instituição, uma das mais bem conceituadas instituições de assistência social
espírita espalhadas pelo nosso país, resolveu unir-se ao bondoso amigo e incentivador, Dr. Washington, profundo conhecedor e divulgador da Doutrina Espírita, além de um dos mais abalizados biógrafos do grande médium humanista e filantropo, o notável tribuno baiano, Divaldo Pereira Franco. Decidiram-se pela responsabilidade de levar a efeito o
plano de juntar os colegas e dar-lhes um suporte espiritual para melhor cumprir
seus deveres. “Mesmo diante de qualquer um desses criminosos reconhecidos, é necessário manter
a serenidade e aplicar a lei com disciplina sem
necessidade de violência”, afirmou.
“A delegacia fica aberta vinte e quatro horas e, para lá,
convergem todos os tipos de problema, levados por pessoas desesperadas em busca
de um direcionamento imediato, e nesse sentido, precisamos ouvi-las,
auxiliá-las, exercendo a caridade fraterna.”
Dr. José Leal e Davilson
Silva
|
Como profissionais da Justiça, o novo grupo decidira que a pauta dos futuros encontros consistiriam basicamente em assuntos ligados aos bens maiores do ser humano: a vida, a integridade física, a honra, a segurança, o patrimônio consoante princípios espíritas e de acordo com a nova legislação penal e processual penal, ocasião em que o Catolicismo Romano, segundo a encíclica Fides et Ratio, de 1998, admitira a fé raciocinada, tema de há muito defendido pelos espíritas, ou seja, há mais de cento e cinquenta anos.
O primeiro encontro de delegados
Foi em 14 de março de 1999, às 19h30, no Auditório Dr. Ivahir de Freitas Garcia, da ADPESP, que ocorreu o 1.º Encontro Estadual dos Delegados de Polícia Espíritas, com três palestras sucessivas de 30 minutos cada, com espaço seguinte para perguntas e debates.
“De acordo com a sequenciadas reuniões mensais e dos seminários, desde o ano de 99, houve razoável aumento do número de autoridades interessadas em estar conosco para o estudo da Doutrina”, afirmou o atual dirigente da Udesp. Segundo ele, conseguiram não só trazer profissionais da capital como do interior paulista. “Delegados, escrivães e outros têm comparecido com muito entusiasmo e desejo de contribuir para o bom êxito do nosso movimento espírita-cristão”, completou.
Dr.
João Francisco Crusca, delegado
de
polícia, presidente da UDEsp
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João Francisco Crusca — Exatamente! Naquele tempo, a coisa era meio informal e um tanto difícil reunir um bom número de delegados e outros profissionais.
PE — Por falar nisso, já se fez um levantamento de quantos policiais civis e
militares do Estado de São Paulo e de outros Estados brasileiros, inclusive
policiais da área federal, são espíritas?
Crusca — Olha, a bem da verdade, não há uma ideia exata de quantos policiais espíritas existem, pelo menos no Estado de São Paulo. O levantamento é um caso a pensar...
PE — E a sigla Udesp?
Crusca — Na reunião do dia 24 de março, do derradeiro ano do milênio, ficou bem mais claro o papel do nosso movimento no meio policial.
PE — Sabemos que a Udesp já possui o seu estatuto. Fale-nos a
PE — As reuniões
PE — Quantos policiais fazem parte da Udesp? É
Crusca — Já nos fizeram essa pergunta... Não,
PE — Além de estudar a Doutrina Espírita, planejar eventos como os costumeiros seminários, os senhores possuem outras atividades?
PE — O próximo seminário será no local
Ao término desta entrevista, o Dr. Crusca disse ainda que a Udesp possui um programa de rádio de grande audiência, Espiritismo e Segurança Pública, que vai ao ar todas as quintas-feiras, às17 horas, com reprise aos sábados às 3 horas, na Rede Boa Nova de Rádio 1.450 AM, Guarulhos, SP. Mais informações sobre futuros encontros, seminários e outros eventos podem ser vistos no site: http://www.udesp.org.br.
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