Davilson- Silva-
-
Somos o que pensamos, o pensamento é tudo.
Sentimos e automaticamente pensamos e vice-versa para,
em seguida, poder falar e agir conforme nossa capacidade de escolha, de
decisão, esse poder natural, inato, denominado vontade, o veículo de
nossos impulsos como o ar o é das vibrações sonoras. Essa congênita capacidade
do ser humano é um meio pelo qual se pode conseguir ou atingir algo, e se constitui
em dispositivo de engrenagem das realizações do Princípio Inteligente, ou
Espírito, esteja este dentro ou fora do corpo físico, que é apenas o seu invólucro perecível, a sua parte mais frágil e o reflexo de tudo o que ele decida, escolha.
Somos o que pensamos, o pensamento é
tudo. O Espírito André Luiz referiu-se a “raio da emoção” ou “raio do desejo”,
ao discorrer por analogia: “Assim como o átomo é uma força viva e poderosa na
própria contextura, a partícula de pensamento é igualmente passiva perante o
sentimento que lhe dá formas e natureza para o bem ou para o mal, segundo força
do sentimento que o impele e o configura”..1 Em outras palavras: Modelamos tudo em
torno de nossos passos ao longo das experiências regeneradoras.
Lei de Causa e Efeito
Lei de Causa e Efeito
Há uma máxima paulina que diz: “tudo
o que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas, 6:7), numa alusão, para
nós espíritas, à Lei de Causa e Efeito. Isto quer dizer nas entrelinhas: o
homem é virtual causador do resultado de suas obras, ou disposição para se
fazer o bem ou o mal. Somos livres para pensar, falar e agir, mas da mesma
forma livres para arcar com as conseqüências de nosso procedimento.
Na obra O Evangelho segundo o Espiritismo lê-se também: “quantos homens caem por sua própria culpa!”,.2 já que, em geral, tendemos à cólera e ao desânimo, em indignação prolongada, a se estender através de semanas ou de muito tempo, tornando-se hábito pernicioso de efeitos imprevisíveis. Diz mais ainda: “Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e de todos os excessos de todo gênero!”
Na obra O Evangelho segundo o Espiritismo lê-se também: “quantos homens caem por sua própria culpa!”,.2 já que, em geral, tendemos à cólera e ao desânimo, em indignação prolongada, a se estender através de semanas ou de muito tempo, tornando-se hábito pernicioso de efeitos imprevisíveis. Diz mais ainda: “Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e de todos os excessos de todo gênero!”
No entanto Deus permite-nos a cura quando pedimos socorro aos médicos da Terra ou do Espaço. Mas, não raro, obtendo alguma melhora, desprezamos o remédio ou o conselho salutar de ambos, deixamos de provê-los e voltamos a ser os mesmos de outrora. Em suma: perdem-se as energias restauradas, desperdiça-se a receita médica do corpo ou da alma.
Como criaturas encarnadas, e
desencarnadas, ainda não cogitamos da verdadeira cura quando das enfermidades,
a hora de parar para pensar maduramente em nossa própria conduta, a chance do
autoconhecimento. Ao adoecermos, pensamos, é claro, somente na cura, em nos
livrar da dor; mas raramente somos capazes de exames e reexames ponderados a
respeito de nós mesmos.
Se a vontade estimular o pensamento
às idéias desalentadoras e inúteis, à maledicência, sobretudo ao ódio e à
vingança, lutemos por reverter este desfavorável quadro clínico da alma, nos
solicitam os bondosos Espíritos. Eles nos aconselham a mudança de vícios e maus
costumes, o combate contra tais nefastas sensações psíquicas, escudados na
prece da fé atuante, isto é, a das obras, segundo o apóstolo Tiago (2:17),
antes que provas muitíssimo dolorosas nos apanhem em cheio de improviso. É por
isso que Jesus disse após realizar uma cura (João, 5:14):
“Não peques mais para que não te suceda coisa pior”.
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1XAVIER, Francisco C. Evolução em
dois mundos. Pelo Espírito André Luiz. 5. ed. Rio de Janeiro: Federação
Espírita Brasileira (FEB), 1958. Capítulo 13, página 100.
2KARDEC, Allan. O evangelho
segundo o espiritismo. Tradução Herculano Pires. 58. ed. São Paulo: Lake —
Livraria Allan Kardec Editora, 2001. Cap. 5.o, item 4, p. 74.
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