Davilson Silva-
Querida mãezinha
Irene, sei que o papai José não veio ao nosso encontro por se observar
menos disposto e que o nosso Maurício [1] prossegue sem dificuldades para a frente. Estamos aqui, nós dois com os
nossos amigos e quero dizer ao seu carinho para acalmar-se, porque paz por
dentro de nós é saúde correta.
Tantos são os casos
difíceis a bloquear-lhe a alegria de trabalhar e de viver, que a vejo doente, reclamando
as atenções de um médico amigo que nos auxilie a colocá-la em harmonia consigo
mesma.
Trate-se, mamãe Irene,
e não faça bagagem da sucata dos problemas e aborrecimentos que a existência na
Terra porventura lhe imponha.
Não passe recibo às
ninharias envenenadas que, de quando a quando, lhe atirem porque isso acontece
com toda a gente.
Onde estiver a cesta
de lixo repleta de material inútil para qualquer um de nós, passe de longe.
Hoje venho ao seu encontro especialmente para isto: comentar a sua
necessidade de paz a fim de que a vejamos forte de novo.
O tio Miled [2] e a Vovó Maria Leopoldina [3] vieram em minha companhia e ambos assinam o
que digo. Não desejo deter-me em lembranças das brincadeiras que fiz ao primo
David, [4] dos assuntos do
Maurício, porque anseio restituir-lhe a segurança íntima.
Peço-lhe não se opor aos desejos de meu pai e do Maurício no sentido de montarem guarda às minhas roupas e pertences de rapaz que está marcado pela escritura de um óbito em Brodósqui.
Mas deixemos este caso novo para lá, e o seu coração não se impressione. Deixe ao papai e ao irmão o direito de agirem como quiserem.
Deus vestirá todos os que estejam mal vestidos e o tempo dirá que, felizmente, uma discussão por essa bagatela não valeria a pena.
Retome a sua alegria e aguardemos dias melhores. O tio Miled informa que vem auxiliando a esposa Maria [5] e os filhos Wagner e Amélia, [6] e nós todos estamos contentes ao saber que o seu carinho não fará conta do que vai acontecendo, mesmo porque nós dois não estamos certos se o papai e o Maurício estão dispostos à formação de algum museu. Que isso ocorra por eles e não por nós.
Mãezinha querida,
muito grato por todo o seu auxílio para que eu me renove na base
da confiança em Deus e em mim próprio. As suas orações
e lembranças significam muito auxílio a meu favor, e peço a
Deus a recompense.
Muitas lembranças ao
papai José e ao Maurício, apesar de estar pensando em desacordo com eles, e
receba todo o carinho e todo o reconhecimento do seu filho e companheiro de
sempre.
Miguel Elias Barquete
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Detalhes básicos a respeito do comunicante
- Data da
morte, local, motivo e outras informações ― Desencarnou em 21 de
junho de 1980, quando cursava o Terceiro Ano Colegial, no Colégio São
Paulo da Cruz, e o Colégio Objetivo, na capital paulista, em virtude de um
acidente de trânsito.
- Pai e mãe ― José Barqueti e Irene
Iracema Barquete, a querida mãezinha.
- Data de nascimento ― Dia 3 de outubro
de 1962.
- Local de nascimento ― São Paulo,
Capital.
- Local do
sepultamento ― Brodósqui (SP).
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Parentes, amigos, etc., falecidos ou não, citados na mensagem
Parentes, amigos, etc., falecidos ou não, citados na mensagem
1 - Maurício ― irmão de
Miguel.
2 - Tio Miled ― um tio
desencarnado em 24 de agosto de 1980.
3 - Vovó Leopoldina ― Maria
Leopoldina, sua bisavó materna, desencarnada em São João da Boa
Vista (SP).
4 - David ― primo, residente
em Goiânia (GO).
5 - A esposa Maria ― Maria Luíza, esposa
de tio Miled, residente em São Paulo, Capital.
6 - Os filhos Wagner e Amélia ― primos
residentes em São Paulo (SP).
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• CÂNDIDO
XAVIER, Francisco. Dádivas espirituais, espíritos diversos. 1. ed.
Araras: Instituto de Difusão Espírita, 1994.
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Como se processava
Chico Xavier, médium
psicógrafo de segurança
e precisão
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Uma vez reconhecido o Espírito comunicante pelo modo de
pensar, de escrever, pela caligrafia e assinatura, familiares,
especialmente mãe e pai, confirmavam-lhe a autenticidade, inclusive confirmavam
nomes de parentes falecidos, desde há muito tempo ou não, assim
como nomes dos não-falecidos, isto é, os que o comunicante deixara no
plano dos encarnados, todos referidos com absoluta exatidão. Intimidades
domésticas, o conjunto mesmo de circunstâncias de que só os mais chegados têm
conhecimento, como o desta mensagem, confirmavam-nas. Vale dizer que essas e
outras particularidades eram completa e comprovadamente desconhecidas de Chico
Xavier, cercado de centenas, de milhares de pessoas desconhecidas, vindas de
diferentes lugares do país e até do exterior. Ele jamais exigia coisa
alguma de quem quer que seja; sequer insinuava receber recompensa,
obter algum tipo de reconhecimento, tampouco desejou fazer promoção de si
próprio pela caridade espírita que prestava aos sofridos corações maternos. Uma
pessoa amiga, o médico e biógrafo de suas obras, Elias Barbosa,
falecido em 2011, por amor à causa da Doutrina dos Espíritos e a ele, Chico, é
que saía em busca de confirmações do conteúdo das mensagens, daí
vários livros sobre esse magnífico e amoroso trabalho.
Vale dizer ainda que mensagens psicografadas pela mediunidade de
Chico foram, durante treze anos, pesquisadas por um criminologista
credenciado pelo Poder Judiciário, o professor Carlos Augusto Perandrea,
de Curitiba, Paraná. Perandrea comprovou cientificamente, à luz da
Grafologia, a autenticidade dos textos psicografados, recolhendo todo o
material possível, escrito pelos falecidos, ou desencarnados, quando do tempo
em que estavam neste mundo, o que motivou o cientista forense a escrever o
livro: A Psicografia à Luz da Grafologia.
* * * * *
Palavras de Emmanuel
“Renasce agora em teus propósitos, deliberações e atitudes,
trabalhando para superar os obstáculos que te cercam e alcançando a antecipação
da vitória sobre ti mesmo, tempo... mais valer auxiliar, ainda hoje, que ser
auxiliado amanhã.” (Fonte Viva, tema
56.)
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