Correio do Além-Túmulo ― Mensagem de Miguel Elias Barquete - IV

Davilson Silva-

Querida mãezinha Irene, sei que o papai José não veio ao nosso encontro por se observar menos disposto e que o nosso Maurício [1] prossegue sem dificuldades para a frente. Estamos aqui, nós dois com os nossos amigos e quero dizer ao seu carinho para acalmar-se, porque paz por dentro de nós é saúde correta.

Tantos são os casos difíceis a bloquear-lhe a alegria de trabalhar e de viver, que a vejo doente, reclamando as atenções de um médico amigo que nos auxilie a colocá-la em harmonia consigo mesma.

Trate-se, mamãe Irene, e não faça bagagem da sucata dos problemas e aborrecimentos que a existência na Terra porventura lhe imponha.

Não passe recibo às ninharias envenenadas que, de quando a quando, lhe atirem porque isso acontece com toda a gente.

Onde estiver a cesta de lixo repleta de material inútil para qualquer um de nós, passe de longe. Hoje venho ao seu encontro especialmente para isto: comentar a sua necessidade de paz a fim de que a vejamos forte de novo.

O tio Miled [2] e a Vovó Maria Leopoldina [3] vieram em minha companhia e ambos assinam o que digo. Não desejo deter-me em lembranças das brincadeiras que fiz ao primo David, [4] dos assuntos do Maurício, porque anseio restituir-lhe a segurança íntima.

Peço-lhe não se opor aos desejos de meu pai e do Maurício no sentido de montarem guarda às minhas roupas e pertences de rapaz que está marcado pela escritura de um óbito em Brodósqui.

Mas deixemos este caso novo para lá, e o seu coração não se impressione. Deixe ao papai e ao irmão o direito de agirem como quiserem.

Deus vestirá todos os que estejam mal vestidos e o tempo dirá que, felizmente, uma discussão por essa bagatela não valeria a pena.

Retome a sua alegria e aguardemos dias melhores. O tio Miled informa que vem auxiliando a esposa Maria
 [5] e os filhos Wagner e Amélia, [6] e nós todos estamos contentes ao saber que o seu carinho não fará conta do que vai acontecendo, mesmo porque nós dois não estamos certos se o papai e o Maurício estão dispostos à formação de algum museu. Que isso ocorra por eles e não por nós.

Mãezinha querida, muito grato por todo o seu auxílio para que eu me renove na base da confiança em Deus e em mim próprio. As suas orações e lembranças significam muito auxílio a meu favor, e peço a Deus a recompense.

Muitas lembranças ao papai José e ao Maurício, apesar de estar pensando em desacordo com eles, e receba todo o carinho e todo o reconhecimento do seu filho e companheiro de sempre.

Miguel Elias Barquete

Mensagem psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, em 15 de abril de 1983, em reunião de Evangelho e psicografia no Grupo Espírita da Prece, Uberaba, Minas Gerais.

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Detalhes básicos a respeito do comunicante 

Data da morte, local, motivo e outras informações ― Desencarnou em 21 de junho de 1980, quando cursava o Terceiro Ano Colegial, no Colégio São Paulo da Cruz, e o Colégio Objetivo, na capital paulista, em virtude de um acidente de trânsito.

- Pai e mãe ― José Barqueti e Irene Iracema Barquete, a querida mãezinha.

- Data de nascimento ― Dia 3 de outubro de 1962.

- Local de nascimento ― São Paulo, Capital.

- Local do sepultamento ― Brodósqui (SP).
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Parentes, amigos, etc., falecidos ou não, citados na mensagem

1 - Maurício ― irmão de Miguel.

2 - Tio Miled ― um tio desencarnado em 24 de agosto de 1980.

3 -  Vovó Leopoldina ― Maria Leopoldina, sua bisavó materna, desencarnada em São João da Boa Vista (SP).

4 - David ― primo, residente em Goiânia (GO). 

5 - A esposa Maria ― Maria Luíza, esposa de tio Miled, residente em São Paulo, Capital.

Os filhos Wagner e Amélia ― primos residentes em São Paulo (SP).

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CÂNDIDO XAVIER, Francisco. Dádivas espirituais, espíritos diversos. 1. ed. Araras: Instituto de Difusão Espírita, 1994.

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Como se processava 

Chico Xavier, médium 
psicógrafo de segurança 
e precisão
Uma vez reconhecido o Espírito comunicante pelo modo de pensar, de escrever, pela caligrafia e assinatura, familiares, especialmente mãe e pai, confirmavam-lhe a autenticidade, inclusive confirmavam nomes de parentes falecidos, desde há muito tempo ou não, assim como nomes dos não-falecidos, isto é, os que o comunicante deixara no plano dos encarnados, todos referidos com absoluta exatidão. Intimidades domésticas, o conjunto mesmo de circunstâncias de que só os mais chegados têm conhecimento, como o desta mensagem, confirmavam-nas. Vale dizer que essas e outras particularidades eram completa e comprovadamente desconhecidas de Chico Xavier, cercado de centenas, de milhares de pessoas desconhecidas, vindas de diferentes lugares do país e até do exterior. Ele jamais exigia coisa alguma de quem quer que seja; sequer insinuava receber recompensa, obter algum tipo de reconhecimento, tampouco desejou fazer promoção de si próprio pela caridade espírita que prestava aos sofridos corações maternos. Uma pessoa amiga, o médico e biógrafo de suas obras, Elias Barbosa, falecido em 2011, por amor à causa da Doutrina dos Espíritos e a ele, Chico, é que saía em busca de confirmações do conteúdo das mensagens, daí vários livros sobre esse magnífico e amoroso trabalho. Vale dizer ainda que mensagens psicografadas pela mediunidade de Chico foram, durante treze anos, pesquisadas por um criminologista credenciado pelo Poder Judiciário, o professor Carlos Augusto Perandrea, de Curitiba, Paraná. Perandrea comprovou cientificamente, à luz da Grafologia, a autenticidade dos textos psicografados, recolhendo todo o material possível, escrito pelos falecidos, ou desencarnados, quando do tempo em que estavam neste mundo, o que motivou o cientista forense a escrever o livro: A Psicografia à Luz da Grafologia.

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Palavras de Emmanuel

“Renasce agora em teus propósitos, deliberações e atitudes, trabalhando para superar os obstáculos que te cercam e alcançando a antecipação da vitória sobre ti mesmo, tempo... mais valer auxiliar, ainda hoje, que ser auxiliado amanhã.” (Fonte Viva, tema 56.) 


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