“Um sexo é a metade do outro sexo,
ambos eles se procuram, porque unidos se completam.” (Marquês de Maricá)
O Marquês de Maricá disse que um sexo é a metade do outro sexo, por isso, procuram-se para se completar; uma grande verdade. Essa busca incessante se dá em virtude da energia sexual, força de união dos elementos da matéria, tanto nos corpos orgânicos quanto nos inorgânicos. Refere-se tal energia à lei de atração, lei ininterrupta, geradora de cargas magnéticas em todos os seres.
A propósito, certa vez, depois de uma palestra sobre o assunto, um jovem casal de noivos de mim se aproximou para saber como os Espíritos viam o ato sexual. Entre outras perguntas, meio que timidamente, o moço perguntou-me se “certas ‘intimidades sexuais’ são imorais”... Os Espíritos bondosos e ilustres veem no sexo algo respeitável, exigindo, porém, educação e controle, não vendo no ato sexual algo “impuro”, “pecaminoso”, conforme compreendem os pseudomoralistas, respondi.
Se Deus nos permite os deleites do sexo, Ele o quis visando a felicidade e harmonia universais. Mas, até entenderem o verdadeiro profundo significado deles e suas implicações, vai levar tempo... O sexo é tão importante quanto o ato de ingerir alimentos e, sob outro ponto de vista, um meio de transferência de energia indispensável ao vigor físico-mental mútua e simultaneamente.
Entre quatro paredes
Cada indivíduo,
cada reação em certas circunstâncias.
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Nega a sabedoria e misericórdia divinas quem nega à criatura humana o direito do ato sexual que não se restringe somente à procriação. Muito embora a mídia insista de modo sutil ou direto que sexo é tudo, cego e ledo engano! Sexo não é tudo! Tampouco “troca de casais” e todo tipo de perversão não mantêm um relacionamento sincero, sadio e estável. Seja dito de passagem, pode-se até prescindir de sexo, com ou sem compromisso de voto eclesiástico de castidade. É possível sim alguém se manter feliz, realizado, ao sublimar a força sexual, canalizando-a em favor do amor e sacrifício ao próximo, aos mais próximos, a todos.
Conclusão
O progresso da criatura humana sofrerá prejuízo, se ela não se esforçar por sua própria espiritualização. Sem autoconhecimento, sem mudança de conduta menos digna não haverá equilíbrio biopsíquico nem futuro feliz para quem se demore voluntariamente no nível do bruto. O Espírito que agora anima o corpo de um homem pode animar o de uma mulher, assim como o Espírito que anima o corpo de uma mulher pode animar o de um homem numa próxima existência. O clímax de um coito pode se resumir em ideal e poesia, quando impelido por um propósito afetivo, pelo sentimento de estética e um pensamento superior.
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