Diga até breve em vez de adeus

Davilson Silva-

Arte concebida em 1990, São Paulo, Brasil,
numa reunião mediúnica privativa,
através da minha mediunidade de pintura.
Pintura feita a dedo, sem esboço, sem
uso de pincéis, espátulas e sem nenhum
acessório, foi executada pelo Espírito Pierre
Auguste Renoir (1841/1919), sob
fraca iluminação de uma lâmpada vermelha
(que anula todas as cores) através do
processo de “incorporação inconsciente”.
Copyright © by Davilson Silva
Não há sofrimento neste mundo que se compare à dor da despedida de um ente querido que se desvaneceu na densa névoa da morte... Atônito, o coração experimenta doloroso revés ante o afeto calado, em indescritível taciturnidade. Para muitos, é um adeus sem esperança e sem promessa, um pranto incontrolável...

Quando uma mãezinha ou um paizinho amoroso, ou um esposo amigo, leal, ou uma esposa companheira e dedicada parte, tudo cessa; na alma, há como que imenso e triste vazio, interrompidas parecem as horas. Quem poderá avaliar o sofrimento materno diante da lividez cadavérica de um filhinho adorado, hirto e gélido, em repouso num ataúde?

No entanto o que consideram morte não passa de mudança de estado da Consciência imperecível que sobrevive à decomposição em uma sepultura ou às cinzas do forno crematório. Se alguém que ama já partiu ou está na iminência de partir pelo efeito da morte, saiba que esse afeto jamais sumirá ou será definitivamente separado de você segundo apregoam os interessados em manter esse logro absurdo; assim, em vez de adeus, diga até breve: mais hoje, mais amanhã, você poderá reencontrá-lo e comprovar o que estamos dizendo. Duvida?! Meu Deus! Quantos já não adquiriram esta certeza?!

Sinta saudade, chore sim a ausência do seu ente amado, mas sem o choro da revolta, do inconformismo. Outra coisa: não pense em desistir da vida através do suicídio direto ou indireto — é tolice... Se realmente o ama, continue amando-o e siga vivendo. Quem traspassa a faixa do sepulcro jamais deixa de pensar, relembrar, sentir e chorar, sobretudo, se lhe ouve o pranto descabido; não lhe aumente o sofrimento, deixe-o regressar à lídima e verdadeira pátria, a Pátria Espiritual, a que, um dia, a ela você retornará.

Nesse caso, pense no ente querido com ternura, recorde-lhe os momentos de alegria, de carinho, deseje-lhe paz e prosperidade íntima, e ele, mais que nunca, saberá retribuir benéfica e agradavelmente o eflúvio brando do amor que você oferece. Peça a Deus pelo seu progresso, seja ele um familiar, um amigo ou qualquer outra pessoa que tenha sido objeto de sua afeição durante a convivência terrena. 

No comments :

Post a Comment