Nem só de diversão...

Davilson Silva-

Arte mediúnica: A colhedora de maçãs,
pastel s/papel Canson, 45x62,5. Quadro
concebido em novembro de 1990, numa
reunião pública em São Paulo, BR,
através da minha mediunidade de desenho
e pintura, executado pelo Espírito Camille
Pissarro (1830/1903), através do curioso
processo de “incorporação inconsciente”.
Copyright © 2010 by Davilson Silva
Nem só de diversão deve viver o homem. Por ser a vida movimento, atividade, luta, o mundo é de todos um ambiente de trabalho. Não se deve encarar a existência terrestre qual generoso feriado; aqui não é um imenso parque de diversão. Viver neste planeta invoca, antes de tudo, atividade responsável, aplicada, e nossa vivenda planetária sugere extensa seara de labor ininterrupto.

Muitas vezes, levado a efeito à custa de suor e lágrimas, certas atividades constrangem a grandes renúncias às quais, sem aparente explicação, a pessoa vê-se atrelada. Ao sentir cansaço, tristeza, desapontamento, aí é que você deve abraçar com toda a força moral a tarefa que tem de ser cumprida, sem antes ficar pensando em reconhecimento, na recompensa que possa ter por seu esforço. 

Abnegação significa devotamento, e isso causa bem-estar, eleva a alma. No campo onde cada um funciona, cada tipo de encargo demanda destemor e disposição segundo exigências da atividade; quem tem competência, "se garante". Bom profissional é o que cumpre pontualmente com correção os serviços e obrigações, correspondendo toda vez com o melhor. 

Qual simples dedicado agricultor que semeia trigo na terra, antevendo a alegria do pão sobre a mesa, semeie como ele, e você haverá de comprovar a própria grandeza perante os demais pelo resultado dos bons frutos do seu trabalho. Sem persistência, esforços, sem empenho, a pessoa tenderá ao fracasso. E um dos piores de todos os fracassos de um ser humano é a perda de respeito profissional. 

Sacrifícios, dificuldades e todo obstáculo representam meios de progresso e auto superação. A vitória do reconhecimento só acontece quando se procura dar o máximo em nossos deveres, tendo como princípio aquela sensibilidade que predispõe desejarmos aos outros o que desejamos para nós mesmos, especialmente a quem nos remunera, àqueles da mesma posição no local donde se tira o necessário para a sobrevivência própria e dos que de nós dependam. 

Cada criatura deste mundo possui uma tarefa, por isso, erga-se! É claro que, por outro lado, não quer dizer que aqui se trate de um lugar somente consagrado à faina, a labores ativos. Porém, aquele que pensa ser melhor seguir vivendo em repouso contínuo numa rede, em estado de alheamento a tudo, na base da “sombra e água fresca”, poderá ver-se mais adiante em apuros por nada ter produzido de bom, de útil. 

O trabalho honrado, entre outras vantagens pessoais, dá dignidade e crescimento espiritual: inclinando o homem para o culto do dever, por qualquer profissão honestamente cumprida, ele define respeito que nos cabe a certos princípios estabelecidos como leis pela Sabedoria Divina em prol da nossa realização e satisfação pessoal. 

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