Partindo
das primevas ocasiões em que os Missionários Cósmicos sob a égide de Mestre
Jesus elaboraram os aspectos particulares da natureza terrena, o protoplasma,
aquela menor unidade de matéria viva e independente servira de causa primária
do princípio inteligente.
O Jardim do Eden e a Queda do Homem, tela de Brueghel e Rubens
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Passados mais de dois mil anos, muitos ainda creem nessa
história de Adão e Eva. Afinal, a estas alturas dos acontecimentos, onde
estaria Adão com a sua “queda” e o “paraíso”? “Debalde, nossos
olhos procuram, aflitos, essas figuras legendárias”, disse o Espírito
Emmanuel, “com o propósito de localizá-los no espaço e no tempo...”¹ Teria
Deus criado um ser inútil, um parasita da Natureza, desprovido de imaginação
sem produzir coisa alguma? Por que Adão viveria eternamente ao lado de uma
companheira, Eva, infecunda e tão inútil quanto ele? Há quem ache sacrilégio
questionar a respeito .
Cônscios de que Deus teria proibido Adão e a sua parceira de não comer do
“fruto da árvore da ciência do bem e do mal”, muitos consideram um desrespeito
levantar questão sobre o assunto. O tempo passa, e ainda há pessoas que se
conservam estacionárias, embaladas por essa melopeia pueril dos colóquios
fastidiosos que apoucam a suprema inteligência do Criador, além de reduzir a
Sua bondade e justiça. Segundo Emmanuel, Adão e Eva constituem intuitiva
lembrança dos Espíritos degredados na paisagem obscura da Terra, como Caim e
Abel representam dois símbolos da personalidade humana.
Transformação físico-mental
A esse grupo constituído de individualidade tão distinta
quanto eclética foi dada a oportunidade de revisão de conduta, só que de um
jeito bem mais diverso do que estavam habituados. Muitas dessas consciências,
ainda que compelidas a um invólucro denso, grosseiro, já tinham sabido do que
eram capazes, tinham noção do belo, do bem e do mal. Falamos dos “capelinos ”.
Na condição de exilados, capelinos foram banidos para um meio hostil onde mais
bem vibratoriamente lhes dizia respeito por causa da pertinaz rebeldia, mundo
que, por motivo desse estado, os faria declinar a fronte por amor ou pela dor.²
Então a Terra passou a ser nova moradia de certa camada de Almas retrógradas e
aflitas.
A esse grupo constituído de individualidade tão distinta
quanto eclética foi dada a oportunidade de revisão de conduta, só que de um
jeito bem mais diverso do que estavam habituados. Muitas dessas consciências,
ainda que compelidas a um invólucro denso, grosseiro, já tinham sabido do que
eram capazes, tinham noção do belo, do bem e do mal. Falamos dos “capelinos ”.
Na condição de exilados, capelinos foram banidos para um meio hostil onde mais
bem vibratoriamente lhes dizia respeito por causa da pertinaz rebeldia, mundo
que, por motivo desse estado, os faria declinar a fronte por amor ou pela dor.²
Então a Terra passou a ser nova moradia de certa camada de Almas retrógradas e
aflitas.
Nada acontece por acaso, e tudo teve início desde os tempos em que o complexo celular oriundo do embrião de todas as formas organizadas deste nosso orbe foi delineado. Partindo das primevas ocasiões em que os Missionários Cósmicos sob a égide de Mestre Jesus elaboraram os aspectos particulares da natureza terrena, o protoplasma, aquela menor unidade de matéria viva e independente servira de causa primária do princípio inteligente. Dado o impulso em estágio mais nobre a tão predominante fundamento e também a outros seres vivos organizados, superiores, essas unidades funcionais estruturais foram extraordinariamente capazes de se reproduzir e favorecer a gênese dos órgãos psicossomáticos. É daí que se pode dizer que se originou o suporte adequado da unidade perispirítica para vestidura terráquea.
Tendo iniciado a
sua marcha segundo necessidades e condicionamentos do âmbito mental a que se
entroncou, a consciência encarnada compenetrou-se do senso de responsabilidade
que tinha sobre si. Criatura dotada de inteligência e livre-arbítrio, à medida
que se mostrara cada vez mais experiente, foi se abeirando do entendimento das
coisas, mas, ao mesmo tempo, tendo que lutar ferozmente pela conservação da
própria espécie e manutenção da subsistência. Tais criaturas mescladas àquelas
outras partícipes do processo evolutivo de que já referimos, pugnavam por
alimentos, disputavam a posse de espaços de sobrevivência com elas e os
predadores, muitos dos quais gigantescos, ferocíssimos; que vida sobremaneira
penosa, não?!
E ainda por cima para obtenção das coisas, dos conseguimentos, das conquistas individuais e coletivas, esses nossos ancestrais ainda tinham que sobreviver sob inevitáveis contratempos da natureza planetária, os rudes e perigosos desafios do meio ambiente, da atmosfera. Note que, mesmo antes das novas aparências físicas, o processo educativo e regenerador palingenésico impunha muito mais dificuldades, os tempos eram bem mais escabrosos que os de agora.
E ainda por cima para obtenção das coisas, dos conseguimentos, das conquistas individuais e coletivas, esses nossos ancestrais ainda tinham que sobreviver sob inevitáveis contratempos da natureza planetária, os rudes e perigosos desafios do meio ambiente, da atmosfera. Note que, mesmo antes das novas aparências físicas, o processo educativo e regenerador palingenésico impunha muito mais dificuldades, os tempos eram bem mais escabrosos que os de agora.
Teve que ser assim. Mas, veja ainda, Deus, necessariamente,
assim não o desejou. Na verdade fomos preparados e instruídos para que
preferíssemos a conquista da luz viva da sabedoria e do amor. Portanto, tudo
fora devidamente disposto para que todos se dirigissem ao Criador com a devida
noção das próprias forças, das intrínsecas faculdades que devem transcender
sobranceiras às exigências transitórias da matéria, amando-nos uns aos outros;
os mais desenvolvidos ajudando os menos desenvolvidos pelo contanto social,
tendo por meta a prosperidade como um todo.³ A ideia dos Benfeitores da
Humanidade sempre foi a de penetrar no âmago das consciências encarnadas e
desencarnadas a depuração absoluta por meio do amor e do conhecimento.
Deus jamais abandonou os filhos, tampouco castiga quem quer
que seja, e só deseja ao Espírito, enquanto em sua forma humana peculiar ou
fora dela, que busque instruir-se, resplandecendo o brilho da inteligência no
amor ao próximo. Graças à misericórdia divina, hoje sabemos pelos Luzeiros da
Eternidade que nosso Pai-Criador não é uma vaga intuição. Deus não é uma pessoa
à qual, subjugados, estejamos constrangidos a absurda reverência, a uma
subserviência cega e ininterrupta conforme a suposta exigência, imposta aos
mencionados personagens da lorota impingida pela exegese dogmática.
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1 XAVIER, Francisco C. A caminho da luz , pelo
Espírito Emmanuel. 15. ed . Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira (FEB),
1987. Cap. 2, p. 30.
2 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo.
Tradução Herculano Pires. 62. ed . São Paulo: Lake — Livraria Allan Kardec Editora,
2001. Cap. 3, item 13 a 15, p. 56.
3Idem. O livro dos espíritos. Trad. H. Pires . 62. Ed.
São Paulo: Lake. Cap. 8.o, questão 779, p. 261.
Obrigado Sr. Davilson por compartilhar vossa sabedoria com pessoas como eu, que apesar de espírita há alguns anos agora que estou me aprofundando na bela doutrina.
ReplyDeleteMinha vida espiritual está cada vez melhor por adquirir mais conhecimento o que fortalece minha fé e amor a Deus Pai, tornando-se assim uma pessoa melhor. Abraços,
Catarina N. Araújo