Não seja maria-vai-com-as-outras

Davilson Silva-

Utilize-se do discernimento ao lhe informarem, aconselharem ou propuserem ideias que denotem impositivos. Diga-se de passagem, o Espiritismo, verdadeiro tratado de psicologia transpessoal, nesse passo, não impõe, e sim propõe... Trata-se o discernimento de uma conquista da nossa condição de Espírito humano, relativo a conhecer, apreciar, distinguir, discriminar, estabelecer diferença, separar, escolher. Pouco inteligente é aquele que quase não sabe discernir. Ora, se Deus nos outorgou a faculdade de raciocínio, concatenemos ideias, raciocinemos. Analise informes recebidos pela palavra escrita ou falada, ou por imagens, verifique se há ou não coerência. Não se precipite, pesquise consulte as pessoas de bom senso. Pobre de quem não distingue o falso do verdadeiro sob o risco de confundi-los!

Acrílico sobre tela. Quadro concebido em  1998, 
São Paulo, BR, através de minha mediunidade 
de pintura, feito a dedo sem  utilizar pincéis, 
espátulas, sem esboço e sem nenhum outro 
acessório. Esta tela  foi executada a  meia-luz, 
do começo ao fim,  em  ambiente iluminado 
apenas por uma  pequena lâmpada vermelha 
de 15 watts, e é de autoria do Espírito Mary 
Cassat  (1843/1926),  por meio do processo de 
"incorporação inconsciente". 
(Copyright © 2010 by Davilson Silva)
Dizem que o homem é um animal que pensa... O homem não passa de Entidade fixada numa substância física de caracteres anatômicos respeitantes a indivíduos de uma certa espécie animal em maior grau de complexidade na escala evolutiva, também denominado ser humano. Pois bem. O cérebro do homem não pensa; o pensamento só diz respeito à mente, ou psique, ou, noutra palavra: Espírito. O cérebro, portanto, não passa de veículo do Espírito, ou Alma, se unido a um corpo físico. Então, seja você mesmo, procure pensar donde veio e para onde vai depois da morte. Pondere, não seja maria-vai-com-as-outras, alguém como uma máquina ambulante, sem raciocínio e anseio próprio, deixando-se conduzir pelos outros. Guarde bem este lembrete de Paulo de Tarso: “Examinai tudo, e retende o bem”.

E uma das maneiras de bem empregar o tempo é lendo um livro. Se você costuma ler, leia mais ainda! Aproveite seus instantes de folga, aquela hora em que se sente à vontade, despreocupado. Visite as páginas de um livro e mergulhe no oceano da conjuntura do conhecimento. Ler um bom livro é acender uma candeia que dissipa as trevas da ignorância. A literatura saudável esclarece, pode corrigir caminhos, atitudes e reorientar-nos os passos.

Evite a ociosidade mental: porta escancarada para pensamentos negativos, para a sintonia com mentes menos felizes e com diversos níveis deploráveis de consciência, podendo lhe vetar as energias e atingir o controle das emoções. Valha-se desse amigo discreto, o livro, que ainda por cima, dá ensejo de progresso; afinal de contas, estamos neste mundo para progredir, não é mesmo? Quando lemos qualquer livro, sintonizamos com o seu autor, sobretudo, se este entre nós não mais esteja. Portanto, só nos cabe o poder de escolha e do rumo que devemos tomar, e citando ainda o Apóstolo de Tarso: “Tudo podemos, mas nem tudo nos convém”... 
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